Em julho de 2010, eu estava envolvida com uma história chamada Pela Metade. Por duas vezes deixei-a de lado, sempre brincando que meu livro estava mesmo pela metade. Há alguns meses retomei a história, que agora será publicada ainda neste ano, pela Editora Scipione.
Na foto acima, estou na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, naquele ano de 2010. Uma de minhas personagens ama o poeta, escreve haicai e a história se passa justamente lá, mas principalmente em Guaratuba.
Também meu livro Fios e Nós (Editora Moderna) e O vaso chinês (Editora do Brasil) serão publicados neste ano.
Três histórias juvenis que amei escrever! Espero que vocês também gostem!
Para comemorar minha alegria, um poema de Paulo Leminski:
Razão de Ser Escrevo. E pronto. Escrevo porque preciso, preciso porque estou tonto. Ninguém tem nada com isso. Escrevo porque amanhece, E as estrelas lá no céu Lembram letras no papel, Quando o poema me anoitece. A aranha tece teias. O peixe beija e morde o que vê. Eu escrevo apenas. Tem que ter por quê?
“O prazer de usar a linguagem é um dos prazeres humanos maiores. O uso da linguagem dá um barato fundamental para o ser humano.” (Leminski)
Segunda-feira, 22, tive a oportunidade de participar da 2ª Parada Poética, um sarau no Bar do Zara, em Americana. Mas não fui eu quem declamou poesias e, sim, meu pai, Luiz Alexandre, um apaixonado por literatura. Recitou duas, ambas de Augusto dos Anjos: O lamento das coisas e Vandalismo, que transcrevo a seguir. O bar estava lotado. Como é lindo ver reunidas pessoas que gostam de poesia, de literatura de modo geral. Crianças, jovens e senhores declamando seus próprios poemas e de outros poetas. Algumas fotos estão logo abaixo:
Vandalismo – Augusto dos Anjos Meu coração tem catedrais imensas, Templos de priscas e longínquas datas, Onde um nume de amor, em serenatas, Canta a aleluia virginal das crenças. Na ogiva fúlgida e nas colunatas Vertem lustrais irradiações intensas Cintilações de lâmpadas suspensas E as ametistas e os florões e as pratas. Como os velhos Templários medievais
Entrei um dia nessas catedrais E nesses templos claros e risonhos…
E erguendo os gládios e brandindo as hastas, No desespero dos iconoclastas Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!
Hoje, dia 02 de abril, é comemorado em todo o mundo o Dia do Livro Infantil. A data foi escolhida em homenagem ao dia do nascimento do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen.
E exatamente hoje a leitora Lídia Duarte deixou uma linda mensagem no mural do meu facebook. Não só leitora como também uma incentivadora da leitura. Por isso, vou compartilhar aqui.
Que mais leitores se encantem com a magia da literatura.
“Oi Tânia! Tudo joia?? Não se se você lembra de mim, mas alguns anos atrás eu era aluna da professora Kátia e até fiz algumas perguntas para você sobre o seu livro “Perseguição”… Enfim, nesse feriado eu li dois de seus livros, “Pai, eu?” e “Loucos por Hq’s”, que encontrei na biblioteca da minha cidade e eu realmente adorei! Já passei para a minha irmãzinha (de 11 anos) ler “Loucos por Hq’s” porque ela já está na fase de começar com o hábto da leitura. Acredito que “Pai, eu?” deveria ser lido por todos os adolescêntes por tratar de um assunto que está presente em nosso cotidiano e que a falta de cuidados pode mudar o rumo de nossas vidas, literalmente. Além de que o livro me deu uma luz sobre qual profissão exercer no meu futuro e como fazer essa escolha complicada. Parabéns pelo seu trabalho e obrigada pela contribuição na literatura brasileira! Beijos e abraços, Lídia :)”
Meu livro Fantasma Equilibrista está com uma nova capa.
Esse aí deitado sob os lençóis é o Ricardo, um garotinho de quase 8 anos que adora dinossauros e que está prestes a se mudar de escola. Com medo de viver essa nova experiência, começa a sentir estranhas mudanças dentro de si e passa a ser atormentado por um fantasma equilibrista, que se senta bem em cima de sua cabeça, não lhe dando mais sossego.
A ideia de escrever essa história surgiu quando conheci alguém assim numa de minhas palestras. A toda hora o garotinho me interrompia para falar dos dinossauros. Sabia tudo sobre eles. Aí criei um fantasma muito espertalhão e a história foi nascendo. Fantasmas e dinossauros foram uma ótima dupla, não acham?
Estreia amanhã o mutíssimo premiado Os Colegas, dirigido por Marcelo Galvão. A história conta a aventura de três personagens com síndrome de Down: Stalone (Ariel Goldenberg,31), Aninha (Rita Pokk, 32) e Márcio (Breno Viola, 31). Eles são apaixonados por cinema e trabalham na videoteca do instituto onde vivem. Um dia, inspirados pelo filme “Thelma & Louise”, resolvem fugir no Karmann-Ghia do jardineiro, interpretado por Lima Duarte, em busca de três sonhos: Stalone quer ver o mar, Aninha quer casar e Márcio precisa voar.
Já estava morrendo de vontade de assistir, depois que vi o trailer me apaixonei! Apaixone-se você também!