Luciano tem 17 anos, mora com o avô e um irmão menor, e há algum tempo vem assumindo uma série de responsabilidades. Enquanto parece sentir todo o peso do mundo sobre os seus ombros, Luciano observa o avô apenas preocupado com seu roseiral, observa o irmão apenas preocupado em brincar. Não bastasse tudo isso, seu namoro com a Talita não vai nada bem…
“Luciano fechava os olhos e tudo se misturava numa coisa só, num emaranhado escuro, em fios embolados sem qualquer ponta aparente. Onde estariam as pontas desses fios? Batia a sensação de paredes se encontrando no meio do cômodo e o esmagando. Trucidando-o. Transformando-o num prensado de gente.”
Leia o prefácio do livro escrito pelo professor, crítico literário e escritor Paulo Venturelli:
“Este livro não trata das costumeiras aventuras escritas para jovens. Trata da vida, do cruzamento de vidas. Trata de perdas, decepções e conflitos. Luciano é um adolescente que de uma hora para outra se vê responsável pelo irmão menor e pelo avô. Estuda, trabalha, namora, mas em todas as esferas a tensão é muito grande e o garoto se percebe enredado numa série de problemas que o desgastam. Num contraponto de leveza, Wellinton, o irmão menor, leva a vida na base da brincadeira e da graça. Há amor entre eles, como há entraves duros de ultrapassar. Um texto maduro, escrito com sensibilidade, de estética cuidadosa e reflexiva. A autora cria uma narrativa que desliza pelo cotidiano preso a angústias e incertezas. Em tom introspectivo, o enredo convence porque trata de personagens que são pessoas como nós – no questionamento sobre a felicidade, o amor, os desajustes familiares, a falta, a saudade, a incerteza… E também a decisão de mudar. Tânia Martinelli maneja com muita habilidade os elementos de sua novela, fazendo desabrochar um tempo de rosas diante de nossos olhos, que aprendem, como os de Luciano, a enxergar outra direção: a vida não se resumo ao que passa dentro de nossa mente.”
Adolescência, Amadurecimento, Relacionamentos familiares, Sentimentos, Respeito e valorização do idoso , Vida social, Vida Profissional.
No dia 10 de abril, estive pela segunda vez no Colégio da Polícia Militar, em Curitiba. Os alunos leram Com o coração do outro lado do mundo, Perseguição e E-mãe – a internet me aprontou uma! Veja as fotos do nosso encontro!
Hoje é o Dia Internacional do Livro Infantil! O belo texto, que coloco abaixo, é de Francisco Hinojosa, escritor mexicano, convidado da IBBY, juntamente com o ilustrador Juan Gedovius, também mexicano, para o cartaz deste ano.
“Quando lemos, contamos ou ouvimos contos, cultivamos a imaginação, como se fosse necessário dar-lhe treino para a mantermos em forma. Um dia, sem que o saibamos certamente, uma dessas histórias entrará na nossa vida para arranjar soluções originais para os obstáculos que se nos coloquem no caminho.”
É no que eu acredito profundamente!
Leia o texto completo:
“Era uma vez um conto que contava o mundo inteiro. Na verdade não era só um, mas muitos os contos que enchiam o mundo com as suas histórias de meninas desobedientes e lobos sedutores, de sapatinhos de cristal e príncipes apaixonados, de gatos astutos e soldadinhos de chumbo, de gigantes bonacheirões e fábricas de chocolate. Encheram o mundo de palavras, de inteligência, de imagens, de personagens extraordinárias. Permitiram risos, encantos e convívios. Carregaram-no de significado. E desde então os contos continuam a multiplicar-se para nos dizerem mil e uma vezes: “Era uma vez um conto que contava o mundo inteiro…”
Quando lemos, contamos ou ouvimos contos, cultivamos a imaginação, como se fosse necessário dar-lhe treino para a mantermos em forma. Um dia, sem que o saibamos certamente, uma dessas histórias entrará na nossa vida para arranjar soluções originais para os obstáculos que se nos coloquem no caminho.
Quando lemos, contamos ou ouvimos contos em voz alta, estamos a repetir um ritual muito antigo que cumpriu um papel fundamental na história da civilização: construir uma comunidade. À volta dos contos reuniram-se as culturas, as épocas e as gerações, para nos dizerem que japoneses, alemães e mexicanos são um só; como um só são os que viveram no século XVII e nós mesmos, que lemos um conto na Internet; e os avós, os pais e os filhos. Os contos chegam iguais aos seres humanos, apesar das nossas grandes diferenças, porque no fundo todos somos os seus protagonistas.
Ao contrário dos organismos vivos, que nascem, reproduzem-se e morrem, os contos são fecundos e imortais, em especial os da tradição oral, que se adequam às circunstâncias e ao contexto do momento em que são contados ou rescritos. E são contos que nos tornam seus autores quando os recontamos ou ouvimos.
E também era uma vez um país cheio de mitos, contos e lendas que viajaram durante séculos, de boca em boca, para mostrar a sua ideia de criação, para narrar a sua história, para oferecer a sua riqueza cultural, para aguçar a curiosidade e levar sorrisos aos lábios. Era igualmente um país onde poucos habitantes tinham acesso aos livros. Mas isso é uma história que já começou a mudar. Hoje os contos estão a chegar cada vez mais aos lugares distantes do meu país, o México. E, ao encontrarem os seus leitores, estão a cumprir o seu papel de criar comunidades, de criar famílias e de criar indivíduos com maior possibilidade de serem felizes.”
Na semana passada, entre os dias 20 e 22 de março, fui à Curitiba e conversei com os alunos dos 6ºs, 7ºs e 8ºs anos, das 4 unidades do Colégio Acesso, que leram meu livro Perseguição. Muitas conversas e autógrafos, que delícia!
O primeiro colégio que aparece logo abaixo é o da unidade Boqueirão. No dia 20:
A professora Caprice e eu, entre os alunos.
A supervisora Tânia, minha xará, eu, a coordenadora Cláudia. Do outro lado, a Joelma, da Editora Saraiva e a Rosicler, do depto de marketing do colégio, na hora do almoço.
A professora Emanuelle e eu.
No dia 21, o bate-papo foi com os alunos do Colégio Acesso deFazenda Rio Grande.
Nossas fotos:
Joelma, Fabiano, diretor do colégio, eu e a Rosicler.
Agora, o Colégio Acesso da unidade Santa Felicidade, onde estive no dia 22.
Não é uma delícia esse lugar??
Joelma, a professora Roberta, Vanuza, da assessoria de imprensa, eu, a diretora Agnes e a Rosicler.
Show, moçada! Amei!
Abaixo, o Colégio Acesso, em Almirante Tamandaré. Também no dia 22 de março:
Hoje é o Dia do Bibliotecário, por isso quero deixar aqui um video que tem muito a ver com todos aqueles que trabalham, amam e respiram livros! Meus parabéns!