No dia 30 de outubro, escrevi no blog que o ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse na ocasião do bicentário da Biblioteca Nacional que suspenderia o repasse de recursos do MinC para as prefeituras que não tivessem ao menos uma biblioteca pública municipal em funcionamento. Pois bem. Na última quinta-feira, dia 2, ele assinou uma portaria que suspende esse repasse a partir daquela data.
“Essa portaria estimula a relação de compromisso com municípios que precisarão manter suas bibliotecas abertas, para terem acesso aos recursos que repassamos”, falou Juca Ferreira.
Desde abril, o MinC investiu R$ 21 milhões no envio de 2 mil livros, mobiliário, TV, DVD e computador para todas as 420 prefeituras que, segundo o Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, realizado pela Fundação Getúlio Vargas, não possuíam biblioteca. Dessas, 403 prefeituras já receberam o kit. Até o final deste ano, o ministério ainda enviará os equipamentos para os 17 municípios restantes. Em contrapartida, os municípios precisam manter o espaço físico adequado e garantir os recursos para o seu funcionamento. Entretanto, há casos de municípios que, mesmo tendo recebido todo o material para implantar a biblioteca, não cumprem com a sua responsabilidade, sequer inaugurando sua biblioteca. Um absurdo! Em outros casos, a inauguração é realizada, mas a biblioteca é fechada ou extinta, tempos depois. De acordo com o Censo Nacional, dos 420 municípios sem biblioteca, apenas 11 nunca tiveram o equipamento. O restante fechou ou extinguiu a sua biblioteca.
“A biblioteca é um equipamento essencial na história da cultura brasileira. No entanto, elas nunca foram tão valorizadas como deveriam ser. A portaria é indutiva e não punitiva”, enfatizou o ministro Juca Ferreira. “Se o prefeito achar que não precisa de recursos federais, ele pode manter os cidadãos do seu município alheios a essas possibilidades de informação. Mas defendemos que isso deve acabar”, explicou.
Atualmente, existem 17 municípios que estão resistindo a manter suas bibliotecas abertas. “Resquícios do passado, e o Brasil do século XXI não pode conviver com esse tipo de mentalidade”, completou o ministro.
Em vez de apenas se falar (falar é fácil, não?) que as crianças, os jovens precisam ler, que tal realmente botar a mão na massa e cada um fazer a sua parte, hein?
OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA
239 mil professores e 7 milhões de alunos dos 1ºs aos 9°s ano do Ensino Fundamental e dos 1ºs ao 3ºs ano do Ensino Médio participaram neste ano da 2ª Olimpíada de Língua Portuguesa – Escrevendo o Futuro. O objetivo do concurso, realizado numa parceria entre o MEC e a Fundação Itaú Social, é melhorar as habilidades de leitura e escrita dos estudantes brasileiros. Na última semana de novembro 20 estudantes de escolas públicas de 12 Estados e seus professores receberam suas medalhas de ouro e computadores das mãos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com a presença do Ministro da Educação, Fernando Haddad. As escolas onde estudam os vencedores serão equipadas com laboratórios de informática e livros para a biblioteca. Os 500 semifinalistas ganharão medalhas de bronze e uma coleção de livros. Tomara que os prêmios incentivem os alunos ainda mais na leitura! Parabéns a todos os participantes!
COLÉGIO SÃO JOSÉ – CAMPINAS – SP
Quarta-feira passada, dia 24, estive no Colégio São José, em Campinas, palestrando sobre bullying. Os alunos dos 7ºs anos, uma turminha bem interessada no assunto, leram meu livro Perseguição, da Editora Saraiva.
Com o São José, encerro neste ano meu ciclo de palestras em escolas e participações em feiras de livros.
Aproveito para desejar um ótimo final de ano para todos os alunos!
QUERO SER BELO
A professora Lilian Ribas, do Colégio Estadual Dr. Ovande do Amaral, em Rio Negro, Paraná, desenvolveu um projeto com seus alunos das 8ªs séries a partir da leitura do meu livro Quero ser Belo, da ed. Saraiva.
Depois de terem lido o livro e outros textos a respeito da ditadura da beleza, os alunos produziram cartas, contando sobre as suas experiências de leitura, e me enviaram por e-mail. Adorei conhecer os trabalhos!
Quero ser belo é um dos meus livros que mais fazem sucesso.
Depois de terem lido o livro e outros textos a respeito da ditadura da beleza, os alunos produziram cartas, contando sobre as suas experiências de leitura, e me enviaram por e-mail. Adorei conhecer os trabalhos!
Quero ser belo é um dos meus livros que mais fazem sucesso.
Leia alguns trechinhos das cartas:
Eu nunca tinha lido um livro inteiro e quando a professora começou a ler seu livro, comecei a ter mais interesse pela leitura e agora pretendo ler mais. Também lemos muitos outros textos sobre anorexia, bulimia, anabolizantes, etc. e o primeiro capítulo do seu livro Perseguição, sobre bullying. As pessoas que debocham, ameaçando, provocando e humilhando os outros, são muito ignorantes, mal educadas. Não sabem o quanto isso machuca uma pessoa. Tinham que ter mais respeito com o próximo. Será que eles gostariam que fizessem isso com eles?
Rodrigo.
Rodrigo.
No livro Quero ser belo, Pricila queria ser mais magra para agradar Eduardo, que gostava de Clara. Porém, ele demorou a admitir que gostava dela para seus amigos, pois sabia que eles achavam que Clara estava fora dos padrões de beleza. Também havia André, que queria ficar musculoso e por isso passou a usar anabolizantes. Enfim, Pricila e André estavam muito preocupados com a aparência física e descobriram que o mais importante era o interior das pessoas.
Felipe.
Felipe.
Gostei muito que tenha alertado em seu livro Quero ser belo sobre os riscos que os adolescentes sofrem ao usar os anabolizantes. Também você abordou sobre a anorexia, uma doença que pode matar. As pessoas atualmente estão muito preocupadas com sua aparência física, o que as leva a ter sérios problemas de saúde.
Bruno.
Gostei muito de ter lido seu livro Quero ser belo. Achei a história muito interessante. A Pricila sofreu muito até descobrir que o que realmente importa é o interior das pessoas.
Tatiana.
Adoro ler e sempre empresto livros da biblioteca do colégio. Lemos seu livro “Quero ser belo” e adorei, porque ele nos mostra que não devemos mudar nossa aparência para agradar os outros. Gostei muito do capítulo em que o Eduardo demonstra seu amor por Clara, na frente de seus amigos. Nesse momento da história aprendemos que temos que ser verdadeiros em relação a nossos sentimentos.
Camila.
Camila.
Quer ler o primeiro capítulo do livro?
Clique aqui.
FEIRA DO LIVRO DE ITABORAÍ – RJ
Terminou sexta passada, a XVII Feira do Livro de Itaboraí, no Rio de Janeiro. Participei da Arena Literária, na quarta-feira, dia 10, a convite da Subsecretaria de Projetos Especiais da Secretaria de Educação e Cultura do Município. Os alunos das escolas municipais leram meus livros: Perseguição, Pai? Eu?!, Quero Ser Belo, O que é que eu posso fazer? (Ed. Saraiva) Redes de Abuso (Ed. Scipione) e Tudo o que mais queria (Ed. do Brasil). Foi um prazer imenso falar com eles, conhecer a cidade e ver todo o seu envolvimento com a leitura. É isso aí, pessoal! A leitura pode e deve ser sempre uma grande festa! Parabéns a todos!
A Feira do Livro aconteceu em plena praça, no centro histórico de Itaboraí. Andando pelas ruas de paralelepípedos, é possível admirar os casarões antigos. Adorei! À esquerda está o Teatro João Caetano; à direita, a Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, sobrado de 1810, que mais tarde pertenceu à antropóloga e diretora do Museu Nacional do Rio de Janeiro, dona Heloísa, que dá o nome à Casa.
À esquerda, eu e a Larissa, uma leitora superespecial que conheci.
E à direita, uma das organizadoras da Feira, Érika Soares.
E à direita, uma das organizadoras da Feira, Érika Soares.
Algumas das educadoras do município que participaram da palestra.
Com o slogan bullying não é brincadeira, a Câmara Municipal de Itaboraí aprovou em setembro a lei que institui, anualmente, toda primeira sexta-feira de novembro como o Dia Municipal de Enfrentamento ao Bullying. O programa visa medidas de conscientização e prevenção envolvendo as escolas públicas e particulares do município.
Os livros, móveis e objetos acima pertenceram à dona Heloísa Alberto Torres e hoje estão expostos na Casa de Cultura.