Meu livro Redes de Abuso fala disso. De mulheres que ainda são vistas não como seres humanos, mas como algo que se possa explorar, abusar. Durante muitos meses, acho que mais de um ano, pesquisei a respeito e posso afirmar que a maneira como meninas e, principalmente, meninos são educados desde cedo tem muito a ver com essa cultura de exploração. Precisamos pensar nisso se quisermos que as coisas realmente mudem.

Leiam uma reportagem a respeito: Congo combate males com educação.

Muitas leituras, várias novidades.

Uma delas é o meu livro juvenil acima, que já está quase, quase pronto. Louco por HQs conta a história de Caio, um garoto de 15 anos apaixonadíssimo pela 9ª arte. E também de Olívia, a menina do cabelo rosa, sempre tão questionadora e antenada com tudo o que acontece à sua volta. Um livro superinstigante, numa linguagem e recursos visuais que levam o leitor diretamente ao mundo das HQs! Aguardem, lançamento em agosto. Editora do Brasil.

A vida no escuro, da editora Saraiva, é um outro juvenil também para agosto. Sensível, delicada e emocionante, a história fala de Fabiano, um garoto de 14 anos, apaixonado por Rosana, excelente jogador de vôlei, com problemas em casa como qualquer outro adolescente, e que acaba se envolvendo com drogas. Inicia aí uma trajetória de 2 anos na vida do personagem, revelando suas angústias e suas perdas, sua vida por um fio.

Tempo de Rosas. Também juvenil, será lançado em agosto, pela editora Positivo. O enredo gira em torno de Luciano, um adolescente de 17 anos que se torna responsável pela família, um avô e um irmão de 8 anos. Luciano estuda à noite e trabalha durante o dia. O avô tem uma estranha obsessão pelo cultivo de rosas vermelhas em seu jardim. Wellinton é um menino como outro qualquer, cheio de travessuras. Eles se amam, mas há dificuldades de comunicação, pois cada qual está encerrado em seus problemas. E Luciano ainda tem um entrave: o namoro com Talita não vai bem.

A canção de Brisa. Este é um infantil que a Editora do Brasil lançará em agosto. É uma história recheada de música. As cantigas de roda, tão presentes na infância de Brisa, agora ressurgem quando ela se vê às voltas com um prefeito mimado e mandão e uma população completamente dominada pelo passivismo. O prefeito fecha ruas e põe um bosque no lugar; fecha ruas e diz que vai pensar no que fazer com elas depois; proibe o baile; inventa leis sem sentido. A última do prefeito: a cidade agora está proibida de cantar. E quando Brisa vai presa por ter infringido a lei de número 12.175…

Aguardem, aguardem, aguardem…