“Retratos da Leitura no Brasil, originado de pesquisa homônima, convida o leitor a refletir sobre os sentidos socioculturais do ato de ler tanto na história da sociedade brasileira quanto das sociedades, cujo fundamento é o livro. Permite traçar um perfil minucioso das motivações, condições e instituições responsáveis pela formação tanto dos leitores quanto dos não leitores e ressignificar o conceito de leitura com a consolidação da Internet na vida coletiva.”
O livro de 222 páginas, editado pela Impressa Oficial do Estado e com a coordenação do jornalista Galeno Amorim, reúne os resultados do estudo realizado pelo Instituto Pró-Livro sobre os hábitos de leitura do brasileiro. A Impressa Oficial está disponibilizando gratuitamente o livro para download em seu portal. clique aqui para fazer o download.
Hoje é o Dia Nacional do Livro Infantil, data escolhida em homenagem a Monteiro Lobato.
O escritor nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté, e faleceu em 4 de julho de 1948.
Em 2002, o então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, através da lei 10.402/02, oficializou essa data como o Dia Nacional do Livro Infantil.
A leitura de livros nos transforma em pessoas mais criativas.
A fantasia nos move sempre.
Aproveite o dia, escolha um lugar aconchegante e se entregue ao prazer de ler um bom livro!
Quarta-feira, dia 07, estive no Colégio Imaculada, no bairro de Santa Felicidade, um dos lugares mais bonitos de Curitiba. Os alunos, um público atencioso e participativo, leram meu livro Perseguição, da Editora Saraiva. Na última foto, mistura de vários momentos, a professora Elaine (falando ao microfone), muito sensível à questão do bullying, passou aos alunos uma mensagem muito bonita. De como eles podem contar com a escola caso sofram com essa prática. Sua última frase eu repito aqui: “Contem comigo.” Bravíssimo!
O Colégio Energia Ativa, de Curitiba, está desenvolvendo um projeto sobre bullying. Visitei a escola no último dia 6, terça-feira. A leitura do meu livro Perseguição, da Editora Saraiva, faz parte do projeto. E vale tudo para sensibilizar os alunos: banners, camisetas (reparem na camiseta da professora Cristiane – Linda!), leituras, enfim, quando todas as pessoas se envolvem os alunos só têm a ganhar: uma escola em que todos possam ser felizes. Parabéns a toda equipe e muito obrigada pelo carinho com que fui recebida!
Eu e a professora Cristiane
a coordenadora Luciane, a professora Isabele, eu e a professora Cristiane
Hoje é o Dia Internacional do Livro Infantil. Resolvi postar no blog o Manifesto por um Brasil Literário, que o escritor Bartolomeu Campos de Queiroz lê, falando sobre a importância da literatura na escola e na sociedade. O video tem algum tempo, gravado na FLIP do ano passado, mas quem ainda não viu, vale muito a pena. Pais, professores e apaixonados pela leitura vão gostar de ouvi-lo. Principalmente pelo o que eu digo sempre: se a criança tiver um professor leitor, se a criança tiver em casa exemplos de pais leitores, sem dúvida alguma a literatura será em sua vida mais que um hábito. Será uma paixão.
Pessoal, publico abaixo um trecho do primeiro capítulo do meu novo livro. Espero que ele deixe um gostinho de quero mais!
O MAR
Coisa melhor não havia. De jeito nenhum. A areia macia e tão branca, a água engolindo o sol mais adiante e ele ali, de bermuda e camiseta, um vento forte a lhe trazer frio. Não. Nem vento nem frio. Era a brisa do mar que agora e então e finalmente e… nossa. Eram muitas palavras, muitos es, um exagero. Mas era um exagero o que estava sentindo. Porque só agora estava conhecendo de verdade. O mar. Os braços entrelaçaram as pernas e as coxas se acostaram no peito. Enterrou os pés na areia úmida, respirou profundamente e sentiu. O perfume. Coisa boa, fala a verdade? Se é. Se é… Quando Carlos Henrique era pequeno, todas as noites sentava-se em frente de casa para ouvir o barulho do mar. Havia um velho banquinho de madeira, uma tábua de apenas um metro de comprimento, rente ao muro que separava a pequena varanda do restante do terreno. Com as costas e a cabeça apoiadas no murinho, Carlos Henrique deixava-se ficar o maior tempo, o maior tempo… os pés só se arrastando pela areia gelada para cá e para lá. E o barulho suave de mar e vento entrando pelos ouvidos. Mar e vento… Vento e mar… No alto, a lua cheia iluminando tudo. O olhar ficava perdido, perdido. E o pensamento. Mas era um barulho que vinha de dentro. De dentro dele, pois na verdade não havia mar nenhum. Nenhum. Carlos Henrique gostava, era um menino sonhador. Então ficava inventando essas coisas de ouvir barulho, de sentir o gelado da areia, o gelado da água… e a boca desenhava um sorriso no meio da brincadeira. Mas ninguém via nada. Ninguém. Era tudo muito particular. Íntimo. Carlos Henrique se distraía tanto, mas tanto, que Maria Cândida sempre precisava chamá-lo. Ela abria a portinhola da sala e dizia: – Entra, Carlos Henrique. – Já vou. Agora tô ouvindo. – Ouvindo o quê? – O mar. – Que mar, menino? Carlos Henrique erguia os ombros, pendia a cabeça para um lado. Maria Cândida insistia: – E desde quando você já ouviu o mar? Já viu o mar? A resposta na ponta da língua: – Vi, sim. Na televisão. – Tá certo, tá certo. Agora vai, entra. – Agora, não. Tô ouvindo o mar. – Mas que mar, menino? – Esse aqui. De dentro.