130 MILHÕES DE LIVROS!

A Câmara Brasileira de Livro divulgou em seu informativo uma pesquisa realizada pela Google, na semana passada:

Existem 130 milhões de livros no mundo!

A pesquisa teve como base o Google Books, projeto de digitalização de livros da empresa. O Google coletou informações com mais de 150 fontes do entre bibliotecas, livrarias, catálogos coletivos nacionais e provedores comerciais. Apesar de uma primeira triagem ter apontado a existência de quase 600 milhões de volumes no mundo, um refinamento da pesquisa derrubou o número para 210 milhões de obras diferentes. Com a exclusão de textos impressos como relatórios, transcrição de gravações, mapas, folhetins, documentos governamentais e outras publicações que não poderiam ser classificadas como livros, o Google chegou, por fim, ao número quebrado de 129.864.880 de livros diferentes no mundo.
Boa notícia, não?
ESTAÇÃO PINACOTECA

ESTAÇÃO PINACOTECA

Nesta semana, fui à Estação Pinacoteca, em São Paulo, ver uma coisa e acabei vendo outra. Fui por causa da Exposição da Imprensa Oficial, “Um convite à leitura”. Apenas em alguns livros do acervo a gente pode mexer, virar pra cá e pra lá, olhar dentro, ler um pouquinho. Livro pra mim, precisa ter o toque. Avistá-lo numa prateleira e ver a capa, ler ao lado sobre o que se trata, nunca foi o suficiente. Por isso não me encantou.

Mas duas exposição fantásticas mexeram muito comigo:

Elifas Andreato As cores da resistência. Maravilhoso o trabalho desse artista! Artista gráfico, ilustrador e diretor de arte; pintor e escultor; capista de discos, livros, revistas e jornais; cenógrafo, roteirista e diretor de shows e programas de TV; cartazista e cenógrafo teatral; militante de movimentos sociais; jornalista e editor. UFA!


O quadro acima foi produzido para uma exposição comemorativa do centenário de nascimento de Pablo Picasso, em 1981. Elifas (citando Guernica, de Picasso), denuncia o assassinato do jornalista Vladimir Herzog nas dependências do DOI-Codi do II Exército, em São Paulo.

A exposição vai até o dia 10 de outubro.

A segunda foi:

Memorial da Resistência.


O prédio da Estação Pinacoteca hoje já foi ocupado pelo DEOPS/SP (Depto. de Ordem Política e Social) de 1940 a 1983, quando finalmente foi extinto.
Esse memorial foi possível a partir das memórias daqueles que resistiram. Dessa forma, as novas gerações podem encontrar ali as informações sobre o que foi a repressão. A preservação de tudo isso é necessária para que possamos valorizar os princípios democráticos, o respeito às diferenças e nos conscientizarmos sobre os direitos humanos.

Corredor de sol: “A vinda ao corredor era uma vez por semana, por uma hora, uma cela de cada vez. Mas nem todos vieram.”


“O memorial da Resistência propõe-se, acima de tudo, ser um tributo a todos os que, imbuídos do ideal de justiça e democracia, lutaram e lutam contra a opressão.”

Penso que não devemos nos esquecer de certas coisas como uma forma de não permitir que elas tornem a acontecer.

Até 01 de dezembro de 2015, na Estação Pinacoteca:
Largo General Osório, 66, centro, São Paulo.

ENCONTRO DE ASSESSORIA PEDAGÓGICA

ENCONTRO DE ASSESSORIA PEDAGÓGICA

Durante toda esta semana, os assessores de Língua Portuguesa, da Editora Saraiva, estarão reunidos na sede da editora, em São Paulo, discutindo educação, refletindo sobre as necessidades dos professores, a realidade de cada estado brasileiro, trocando experiências.

Tive o prazer de participar desse encontro ontem, a convite do Rogério Gastaldo, editor, e da Guilherme Jardim, coordenadora, para falar um pouco sobre o trabalho que já venho realizando nas escolas há alguns anos, mas que acabou se acentuando no decorrer deste último por conta do meu livro Perseguição, livro de grande sucesso na editora, que trata do bullying.

Vejo a literatura como parte disso tudo, de todos esses questionamentos, pois acredito em seu poder de transformação, no quanto é possível nos enriquecermos com experiências novas. Lendo, temos a chance de nos compreendermos melhor. Se um livro é capaz de nos dizer algo, é impossível sairmos indiferentes após a sua leitura. Alguma coisa muda, alguma coisa mexe. E faz de nós pessoas melhores.

Vejam alguns momentos:

DIA 25, DIA DO ESCRITOR

DIA 25, DIA DO ESCRITOR

” A boa literatura não está interessada
em coisa nenhuma.
É algo que vem
do coração do escritor. “

Ruth Rocha

Domingo passado foi o Dia Nacional do Escritor. A data foi escolhida em 1960, por decreto governamental, após o sucesso do I Festival do Escritor Brasileiro, que a UBE – União Brasileira de Escritores – organizou por iniciativa de seu presidente, João Peregrino Júnior e de seu vice-presidente, Jorge Amado.

A data quase me passa se não fosse pelo e-mail do Severino, escritor e leitor lá de Pernambuco, que me escreveu o seguinte:

Tânia Alexandre Martinelli,

meu nome é Severino Rodrigues, moro em Pernambuco e hoje, finalmente, escrevo este e-mail. rsrs Queria ter enviado há algum tempo já, mas decidi que hoje escreveria e aproveitaria para lhe mandar um EXCELENTE DIA DO ESCRITOR.

Acabei de ler PERSEGUIÇÃO há alguns meses atrás. Por isso, devia ter escrito antes. A história da Malu e do Leo está muito bem escrita. A questão do bullying também foi bem trabalhada. Infelizmente, é que isso é constante em nossos colégios. Às vezes, os Leos é que viram os vilões… Fazer os jovens estudantes pensarem sobre o tema, talvez seja o melhor modo de lidar com o problema.

Olhando seu blog, percebi que você gosta de trabalhar com questões polêmicas. Você gosta de questionar os jovens e fazer eles se questionarem. Isso é bom! rsrs

Curiosamente, sou graduando em Letras (UFPE), mas ainda não entrei em sala de aula. Embora deseje bastante. Sou um jovem escritor, tenho apenas dezenove, mas sem nenhuma obra publicada ainda. Apenas uns contos e uns poemas. Quero ser escritor de Literatura Juvenil.

Gostaria de saber um pouco do seu trabalho de escritora. Da ideia ao livro publicado e exposto nas livrarias, como é seu processo de escrita?

Um grande abraço do

Severino.

Quando eu lhe escrevi dizendo que tinha me esquecido da data, ele falou: “Pode isso, não!”
Claro que não. Tem razão, Severino. Bronca merecida.

Agradeço a ele pela lembrança, e a todos os demais leitores: sem vocês, nós, escritores, não conseguiríamos exercer a profissão que escolhemos nem dedicarmos à escrita o amor que ela merece.

escritores autografando. Livraria Martins Fontes, São Paulo, 2009.