COLÉGIO SALESIANO – ITAJAÍ – SC

COLÉGIO SALESIANO – ITAJAÍ – SC

Muitas surpresas no Colégio Salesiano, na última quarta, dia 30 de junho.
Os alunos me receberam com uma série de depoimentos sobre a leitura do livro Perseguição. Acima, está a capa deste belo trabalho ilustrada pelas alunas Amanda e Bruna. Também houve a leitura de outros textos criados por eles: o discurso de formatura da Malu, uma carta do Leo à diretora da escola e um capítulo extra em que a Malu e a mãe do Leo se encontram para uma conversa.
Os livros Pai? Eu?! e A rua é meu quintal também fizeram parte das atividades de leitura das 5ªs às 8ªs séries.
No final da palestra, mais surpresa: um poema-homenagem feito pelas oitavas séries e que está logo abaixo. Fiquei muito emocionada com todo esse carinho. Parabéns, alunos, pelos lindos trabalhos e obrigada mais uma vez!

Vidas Marcadas

Tânia Alexandre Martinelli
É uma ótima escritora
Publicou seu primeiro livro em 1998
E de Português, já foi professora.

Além de excelente escritora
Tânia é uma autora consciente
Em uma de suas obras: Perseguição
Retrata um tema de forma abrangente.

O livro, caros amigos,
Não tem aventura não!
Mostra a realidade do que acontece
Nas escolas deste mundão.

Os protagonistas deste livro
Chamam-se Leo e Malu
E ao longo da história
Sofrem bullying pra “xuxu”.

O pessoal de sua classe
Inventava apelidos
Implicavam muito com eles
Falavam coisas sem sentido.

Grande pressão, na turma, sofriam
Lidavam de diferentes formas com a situação
Leo com destruição
E Malu com educação.

Ele, não aguentando mais,
Mudou até de cidade
E ela trocou de escola.
Foram em busca da felicidade.

Lendo esta obra aprendemos
Quer seja na escola, no trabalho, tanto faz,
Onde o bullying está presente
NÃO EXISTE PAZ.

Sobre este ato de humilhação
Você, Tânia, nos fez refletir,
Por isso, além de agradecer
Resta-nos aplaudir.

Oitavas séries

JOSÉ SARAMAGO

JOSÉ SARAMAGO

As Intermitências da Morte (2005) foi um livro que li há muito tempo e que me apaixonou de cara. Não só pelo jeito todo especial com que José Saramago costuma escrever, mas também pela história, por todos os caminhos que autor faz mostrando que, se um dia não houver morte, a tragédia terá se instalado. O que acontece se as pessoas simplesmente pararem de morrer? Seria mesmo um fato feliz, a maior conquista da humanidade? A vida eterna?

Saramago percorre esse caminho durante a narrativa, nos provoca com um final surpreendente e nos deixa a certeza do grande escritor que foi. Certamente, a vida eterna seria um problema, mas nos parece que sempre é cedo para uma pessoa de tão grande talento partir.

Na entrevista ao Roda Viva, da tevê Cultura, de 2003, reprisada no último domingo, Saramago termina falando sobre o compromisso sentido com seus leitores. Que não é possível ficar indiferente quando se tem um público de 4 mil pessoas no Teatro Colón, em Buenos Aires, e saber que ainda 1000 pessoas se encontravam lá fora porque não conseguiram entrar. Ele diz ainda que um livro sempre precisa estar acima da nossa compreensão, inclusive quando se refere às crianças. Porque o leitor, mesmo a criança, vai buscar essa compreensão, não duvidemos disso.

As cinzas do escritor serão colocadas nos jardins da sua Fundação em Lisboa, junto com uma placa:

“mas não subiu para as estrelas, se à terra pertencia”

trecho do livro Memorial do Convento, declarada outras vezes por ele como sua obra preferida.