I FEIRA DO LIVRO DE BOTELHOS – MG

I FEIRA DO LIVRO DE BOTELHOS – MG

As duas imagens acima são da pequena e charmosa cidade de Botelhos, no sul de Minas, a 40 minutos de Poços de Caldas, onde tive o prazer de ser convidada para a primeira Feira do Livro da cidade. A população gira em torno de 15 mil habitantes, incluída aí a zona rural – lá, há muitas fazendas de café (recebi de presente um desses cafés e adorei!). Andando a pé pelas ruas de paralelepípedo, a gente tem a impressão de que tudo caminha com a máxima tranquilidade. Dá vontade de voltar!

Veja dois momentos da feira:

ENTREVISTA NA RADIO UNESP

Dias atrás, participei do programa “Perfil Literário” da Radio Unesp.
Além de falar um pouco sobre a minha carreira,
falo também sobre a leitura na escola e em casa:
Como os pais podem motivar os filhos a serem bons leitores?
Minha entrevista é a de número 52.
Ouça aqui.

DIA NACIONAL DA POESIA

Hoje, 14 de março, é dia nacional da poesia. A data escolhida é devido ao dia do nascimento de Castro Alves.
Antes de me tornar escritora para o público infanto-juvenil escrevi muitas poesias. A poesia era a minha vida. E isso desde a adolescencia. Acho que o meu período de maior criação foi o da faculdade. Naquela época, participei de vários concursos, até ganhei alguns prêmios.

Eu e um grupo de amigos poetas – Rosânia, Stela e Sidinei, certa vez dramatizamos alguns poemas de Fernando Pessoa no Shopping Iguatemi de Campinas, sob a supervisão de nossa professora de Literatura Portuguesa, Ana Maria. Um público até que razoável nos assistiu.

Agora não escrevo mais poesias. Tudo em minha vida gira em torno da literatura infantil e juvenil. Não que uma coisa pudesse ou possa atrapalhar a outra, mas simplesmente deixei de escrever.
A poesia abaixo é da época da faculdade. Dei vida a ela quando criei Arthur, um personagem poeta, em Rede de Abusos. Ele escreve para Jéssica, sua namorada e personagem principal da história.
Minha poesia foi salva da gaveta e agora mora num livro. Sorte a dela.

POEMA DO AUSENTE

É triste a distância,
o amigo distante que faltou.
A solidão, o destino, a marcha dos dias.

É triste a falta de ar,
o oxigênio numerado,
a quantidade certa.
O passo apressado,
a vida registrada
na palma da mão.

É triste uma lágrima,
uma gota,
que pesa mais que a própria noite.
A pedra que cai no lago,
estonteando a própria vida,
em círculos breves.

Vai girando, girando, até sumir.
A vida some muito rapidamente.

Tânia Alexandre Martinelli, 1986, In: Rede de Abusos, editora Scipione, p. 32)