Adoro o Calvin.

Essa tirinha desse garotinho pra lá de questionador me proporcionou algumas reflexões, já que eu sempre valorizei sobremaneira os livros premiados. Tenho mania de comprar esses livros, os infantis, os juvenis e os romances, que são do meu maior interesse. Sempre vou ler esperando algo extraordinariamente, maravilhosamente inovador. Uma história de encher os nossos olhos e a nossa alma de espanto e encantamento. Como se eu dissesse, depois da última página lida e depois de fechar o livro, bem naquele momento que estamos num completo êxtase só saboreando o prazer da leitura: Nossa. Mereceu. Mereceu. E então aquela mágica sensação perdurasse horas dentro de mim, dias até, eu só pensando na história. Só pensando.

Bom. Ando me decepcionando um bocado. Desconfiando de prêmios que mais me parecem comerciais que realmente artísticos. Confesso que isso me entristece (e me aborrece!) porque mexe com a minha maneira de pensar, faz com que eu repense outros valores, desarruma um bocado de coisas aqui dentro. Talvez eu devesse perder essa minha mania tempestuosa de querer ler tudo quanto é livro premiado. Ou, pelo menos, não esperar tanto deles do jeito que eu espero. Aí, se porventura algum me trouxer o espanto e o deliciamento que essencialmente busco na literatura, poderei dizer que esse livro me realizou como leitora.

Mas sem pressão de esperar tudo de todos. Pois nem todos me causam um nossa, mereceu.