O quadrinho acima, do cartunista e quadrinista Caco Xavier (também filósofo e antropólogo), fez parte de uma das questões de Português da Fuvest, do ano que passou. Quando vi, achei o máximo. Não é que o Caco está coberto de razão? Enquanto o texto não sai do computador e vai finalmente para a editora (e nem estou falando da publicação em si, falo da análise do editorial ainda), não há meio de pararmos de ler, reler, cortar, acrescentar, trocar, e ler e reler e ler e reler… Tem hora que parece que isso não vai ter fim nunca. Mas não é só um alívio, como o Caco nos mostra. Não há como deixarmos de sentir uma certa tristeza. É a hora da despedida. Do texto, dos personagens. Que dor. Acho que é isso também. Enquanto lemos e relemos temos todos os nossos personagens conosco, debaixo dos nossos olhos, muito dentro de nós. Depois, eles se vão. Talvez sejamos uns egoístas nessa hora. Mas, ai! Que saudade já.
QUADRINHO QUADRADO
by Tania Alexandre Martinelli | Fev 16, 2010 | Notícias e Artigos