Sábado, 25 de setembro, começa a 29ª Bienal de São Paulo que apresentará, entre as suas instalações, três urubus confinados como parte de uma exposição intitulada “Bandeira Branca”, do paulista Nuno Ramos.
Circula por e-mail uma manifestação contra esse tipo de exploração animal em que se pede não só um boicote à Bienal como também o envio de uma mensagem de repúdio aos organizadores do evento.

Gostaria de saber onde é que um artista pode encontrar arte em confinar animais numa exposição. Onde está o limite, o bom senso dos curadores e de todos os envolvidos na Bienal? Tudo é permitido? Uma pessoa poderia também utilizar a outra numa exposição parecida como uma forma de protesto? Se hoje até mesmo os circos estão mudando o tipo de entretenimento, por que esse circo na Bienal, onde realmente deveria haver arte? O que é arte? Uma busca insana de querer ser diferente e fazer o que nunca foi feito ou a mais profunda manifestação do artista em relação à vida?

Respeito e admiro artistas que pintam, ilustram, esculpem, escrevem, cantam, representam. Basta olhar uma ilustração de Elifas Andreato, os quadros de Guayasamin, Portinari, Picasso, entre vários outros para sentir na alma o que é um protesto, o que é a indignação pela exploração da vida. Humana ou não.

Este é um bom assunto para se discutir com os alunos, já que muitas escolas promovem excursões às bienais. Enquanto se fala tanto em maus-tratos, valores e ética, o que pensam os alunos sobre esse tipo de exposição?

Para saber mais, acesse:
http://www.anda.jor.br/2010/09/22/bienal-de-sp-permite-exploracao-de-urubus-como-forma-de-arte/

O abaixo-assinado contra a presença da obra na Bienal está no link:
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/7046