Fui convidada pela editora Saraiva para adaptar a lenda Tristão e Isolda para o livro Português – Idéias e Linguagens, 7º ano. Não é a primeira vez que faço adaptações. Já realizei alguns trabalhos com fábulas e contos do folclore, que hoje estão nos livros didáticos da Fundação Bradesco e outras coleções da editora Saraiva.
Adaptar textos nunca é uma missão muito fácil, pois em primeiríssimo lugar há a necessidade de se preservar a essência da história, sem deixar de lhe atribuir uma marca, o nosso jeito de escrever. E quando ela é longa, rica em acontecimentos como acontece em Tristão e Isolda, o trabalho é ainda mais complicado. Mas não menos realizador.
Depois de muitas leituras e muitas escritas, o conto foi concluído. E me agradou.
A lenda Tristão e Isolda, uma história de amor marcada por tragédias, é de origem escocesa e fez muito sucesso na Europa, durante a Idade Média. Originalmente em versos, foi divulgada por trovadores anglo-normandos de língua francesa. Como toda lenda, mescla acontecimentos e fatos sobrenaturais a outros relacionados à historia de um povo. Tem como pano de fundo a resistência dos celtas aos invasores saxões, que os obrigaram a recuar para o norte e oeste da Grã-Bretanha, principalmente para a Cornualha e o País de Gales. No final do século XII, essa história de amor inspirou vários autores franceses, porém apenas fragmentos dessas obras chegaram até nós. Com base em versos alemães, o compositor Richard Wagner criou, no século XIX, uma de suas óperas mais célebres: Tristão e Isolda.